Com cerca de 5 milhões de habitantes em um território de um pouco mais de 700 mil km², Singapura tornou-se independente da Malásia em 1965. À época, era um país pobre, que vinha de um histórico conturbado de disputas territoriais devido à sua localização estratégica, na ponta sul da Península Malaia, como entreposto comercial.

A partir da sua independência, a cidade-estado passou a apostar no desenvolvimento econômico, com programas de geração de empregos, construção de moradias populares e incentivos a investidores estrangeiros, entre outras medidas. Singapura apoiou-se, ainda, em um planejamento urbano intimamente ligado à sustentabilidade, tornando-se um exemplo de urbanismo para o mundo.

Lições de Singapura para o mundo

Em 2013, o Centro para Cidades Habitáveis, ligado aos ministérios do Desenvolvimento Nacional e do Meio Ambiente e Recursos Naturais de Singapura, lançou os 10 Princípios para Cidades de Alta Densidade Habitáveis: Lições de Singapura, documento que ressalta os pontos fundamentais no planejamento urbano da cidade, que podem ser aplicados em qualquer lugar do mundo. Entre eles estão: trazer a natureza para perto das pessoas e priorizar opções verdes de transporte e de construção.

Um exemplo de construção sustentável é o Hotel Parkroyal, com seus exuberantes terraços verdes e vista para o jardim tropical em todos os seus 367 quartos. No total, o hotel soma 15 mil m² de vegetação. O edifício tem ainda corredores naturalmente ventilados, irrigação movida a energia solar e retenção de água da chuva.

Um jardim como você nunca viu

Uma das principais atrações da cidade, o Gardens by the Bay é uma mostra de horticultura e jardinagem inovadora, com plantas raras para aquela parte do mundo, reunindo espécies de climas frios, temperados e tropicais.

Entre os atrativos estão as 18 icônicas superárvores, estruturas com até 50 m de altura nas quais é possível subir para apreciar a vista panorâmica da baía. Grandes jardins verticais, com cerca de 163 mil plantas de mais de 200 espécies, as superárvores oferecem um espetáculo à parte com show de luzes à noite. Além disso, parte delas é desenhada para captar energia solar.

O local já foi premiado como World Building of the Year (a construção do ano) em 2012 e entrou para o Guinness World Records em 2015, com a maior estufa de vidro do mundo.

Referência no fornecimento de água

Singapura consome hoje cerca de 430 milhões de galões de água por dia, o equivalente a 782 piscinas olímpicas. A previsão é que o aumento da população e o crescimento econômico façam com que essa demanda dobre.

Com o intuito de cobrir essa necessidade, a cidade investe em pesquisa e tecnologia para o tratamento, reciclagem e fornecimento de água, tendo se tornado referência mundial no assunto. Singapura hoje conta com um sistema hídrico sustentável, baseado na coleta de água da chuva, no tratamento e reúso contínuo da água e na dessalinização da água do mar.

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