Entenda a importância da destinação correta dos resíduos
Prática ajuda na reciclagem, contudo, reduzir a produção lixo é o método mais eficaz para a preservação do meio ambiente
29/10/2020 - 16h47min - Sustentabilidade
Na lista dos problemas mais complexos em relação à conservação do meio ambiente certamente a produção de lixo está entre os mais alarmantes. Por ano, são geradas mais de 80 milhões de toneladas de resíduos no país. Dessa quantidade, apenas 3% é destinada à reciclagem. Esses dados fazem do Brasil o 4º em todo o mundo em geração de detritos, de acordo com um estudo do Fundo Mundial para a Natureza (WWF). O descarte irregular de plástico também carrega dados preocupantes: mais de 2,4 milhões de toneladas são deixadas em locais comuns, sem tratamento correto. Cerca de 7,7 milhões de toneladas de detritos são abandonados em aterros, causando sérios danos ao meio ambiente, devido à poluição do terreno e de toda área em sua volta.
De acordo com a engenheira ambiental Maria Constantino, em média, cada brasileiro gera um quilo de lixo por dia. “Estima-se que, até 2050, haverá mais plásticos nos oceanos do que peixes, caso o cenário não mude nos próximos anos. A reciclagem é um importante caminho, mas a redução de geração de resíduos está entre as estratégias mais efetivas”, comenta.
Dicas para separação de resíduos
Em casa, gera-se quatro tipos de lixos: o comum, o reciclável, o orgânico e o contaminante. Destinados aos aterros sanitários, os detritos comuns são papel higiênico, alumínio, resíduo da varrição da casa, entre outros. Já os orgânicos são aqueles de fácil decomposição, como os restos de frutas, vegetais e cascas de ovo. O lixo reciclável, por sua vez, é caracterizado pelos plásticos, vidros, isopor, entre outros. Por fim, o resíduo contaminante são as lâmpadas, óleo de cozinha e remédios. Maria tem um vídeo em seu canal no YouTube sobre o assunto. Confira.
Agora que ficou mais fácil identificar o tipo de detrito gerado em casa, faça o exercício de separação correta. O primeiro passo é distinguir os recicláveis dos orgânicos, lavá-los e secá-los para reaproveitamento e, por fim, levá-los aos coletores.
Lixeiras de coleta seletiva
Em diversos locais são disponibilizadas lixeiras de coleta seletiva, identificadas por diferentes cores. Esses produtos ajudam na destinação correta dos resíduos. De acordo com a resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente, há dez tipos de cores de itens para depósito dos lixos. São elas:
- Azul: papel e papelão;
- Vermelho: plástico;
- Verde: vidro;
- Amarelo: metal;
- Preto: madeira;
- Laranja: resíduos perigosos;
- Branco: lixos hospitalares;
- Roxo: resíduo radioativo;
- Marrom: orgânico;
- Cinza: contaminado ou não reciclável.
“Algumas cidades não possuem cooperativas responsáveis pela coleta seletiva. Ao contar com empreendimentos, como os da Tamboré Urbanismo, que oferecem esse recurso e possuem um olhar voltado ao meio ambiente, a cidade é estimulada a se adequar à uma realidade mais sustentável”, finaliza Maria.